Santa Josefina Bakhita

Santa Josefina Bakhita nasceu por volta de 1869 na região de Darfur, no Sudão. Quando era ainda uma criança, foi sequestrada por mercadores de escravos e vendida várias vezes no mercado de escravos, sofrendo abusos e torturas. Durante seu cativeiro, foi chamada de "Bakhita", que significa "afortunada" em árabe, pois seu nome de nascimento foi esquecido devido aos traumas que sofreu.

Aos 7 anos, Josefina foi vendida a diversos donos e enfrentou anos de escravidão e maus-tratos, sendo marcada com cicatrizes profundas em seu corpo. Por volta de 1882, foi comprada por um cônsul italiano que a levou para a Itália, onde começou a experimentar uma nova vida. Lá, foi entregue à família Michieli, com quem trabalhou como babá.

Em 1888, Josefina foi confiada às Irmãs Canossianas de Veneza enquanto sua família empregadora viajava ao Sudão. Durante seu tempo com as irmãs, Josefina conheceu a fé cristã. Após uma batalha legal, foi declarada livre, já que a escravidão era ilegal na Itália. Em 1890, ela foi batizada, tomando o nome "Josefina", e decidiu se unir à congregação religiosa das Irmãs Canossianas.

Em 1896, Josefina professou seus votos religiosos, dedicando-se ao serviço de Deus e das pessoas, especialmente no convento de Schio, na Itália. Ela se destacou por sua humildade, bondade e profundo espírito de oração. Mesmo com seu passado doloroso, ela afirmava estar grata pelas experiências, pois elas a conduziram ao conhecimento de Deus.

Santa Josefina Bakhita faleceu em 8 de fevereiro de 1947, sendo lembrada por sua vida de santidade e fé. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e, em 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tornando-se a primeira santa sudanesa. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 8 de fevereiro.

Ela é conhecida como padroeira dos escravos e daqueles que sofrem com o tráfico de pessoas, sendo um símbolo de libertação e esperança. Sua história de vida é um testemunho de superação, perdão e amor incondicional, mesmo diante das adversidades.